Poetisa portuguesa natural de Vila Viçosa (Alentejo). Fez estudos no liceu de Évora e frequentou, já depois do seu primeiro casamento, a Faculdade de Direito de Lisboa. Na capital, contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Casou-se ainda por duas vezes, vivendo, nos últimos anos da sua vida, em Matosinhos, com o seu terceiro marido.
Poetisa de excessos, cultivando exacerbadamente a paixão, de voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram donjuanismo no feminino), escreveu, em vida, o Livro de Mágoas (1919), Livro de Sóror Saudade (1923) e Charneca em Flor (1931). Postumamente, foram publicados Juvenília (1931), Cartas (1931), Máscaras do Destino (1931), Diário do Último Ano (1981) e o Dominó Preto (1981). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.
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